terça-feira, 25 de outubro de 2011

PRINCÍPIOS ÉTICOS NA ATUAÇÃO DO ORIENTADOR EDUCACIONAL

Muita responsabilidade, complexidade, formação e traços de personalidade envolvem o trabalho do Or.E., pois esse profissional está lidando com pessoas e essa atuação deve estar calcada em princípios éticos, por essa razão a Federação Nacional dos Orientadores Educacionais entendeu por bem redigir o Código de Ética dos Orientadores Educacionais publicado em 05/03/1979.  Giacaglia & Penteado (2006, p.16  ), elucidando sobre a questão, discorre que, "[...] como a interação do Or. E com os orientandos se caracteriza pelo seu caráter de relação de ajuda, tanto o aluno pode expor, espontaneamente, fatos ou situações de cunho pessoal e familiar [...], necessitando então, de uma atuação sigilosa, baseada em princípios éticos.

Serão tratados aqui alguns aspectos desse código, para entendermos quão importante e serio se faz a conduta de pessoas envolvidas com a educação. Levantar-se-á alguns aspectos éticos na atuação do Or.E., no que se refere ao sigilo nas informações sobre o aluno, familiares, professores e demais elementos da escola e da comunidade.

Para norteamento do assunto, utilizar-se-á dos apontamentos de Giacaglia & Penteado (2006) e do próprio código de ética do profissional.

A partir de reflexões sobre subsídios apresentados anteriormente, pode ser considerado que o sigilo é um dos principais critérios, assim que, todo relatório ou questionário sobre alunos, professores e familiares devem ser bem acondicionados em arquivos com chave para que outras pessoas não tenham acesso. Caso algum professor precise de alguma informação sobre determinado aluno, o Or.E. deva fazer um relatório com o que será relevante para o professor, nunca passar os prontuários com informações sigilosas. Por ponderar que a ética nesse procedimento há de se considerar o "efeito Rosenthal" que consiste em sugestionar determinados comportamentos de alunos, cria se falsas expectativa nos professores de que esses alunos poderão ter algum tipo de fracasso confirmado à profecia de insucesso desse aluno ou grupo de alunos. (GIACAGLIA & PENTEADO, 2006)

Segundo Giacaglia & Penteado (2006) professores que têm uma visão positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes devem obter melhores resultados; inversamente, professores que não têm apreço por seus alunos adotam posturas que acabam por comprometer negativamente o desempenho dos educandos.
Neste contexto outros autores, falam do despreparo dos profissionais da educação para lidar com expectativa pré-estabelecida de fracasso ou sucesso dos alunos mesmo que inconscientemente.
Meirieu (1998) ilustra brilhantemente a importância de o professor ver o sujeito como um ser único, com características próprias e o reconhecimento dos diferentes estilos de aprendizagem do aluno e ressalta ainda a importância de que o professor identifique estes processos individualizados do aluno para a eficiência de seu ensino em termos qualitativos.

Com relação à família, o Orientador Educacional deve ser também bastante cauteloso no tocante aos aconselhamentos, pois existem questões morais e religiosos que são próprios de cada família, e essas famílias passam esses valores aos seus, então não se deve criar um a situação de antagonismo entre o aluno e a família.

O Orientador Educacional pode levar a família a refletir sobre os problemas, discutindo e sugerindo lhes algumas alternativas para que possam decidir por uma ou outra, caso a situação seja um pouco mais complicada seria interessante convidar um profissional pertinente a situação problema vivida pela família e a escola para esclarecer e aconselhar a ambos. Sendo assim:

[..] o Or.E. Precisa ter consciência, em cada caso, das suas condições e preparo para prestar uma ajuda efetiva. Ele não deve ir além do que é capaz. Nos casos mais difíceis, e em relação aos quais não se sinta perfeitamente seguro, não deve assumir sozinho o aconselhamento, mas sim procurar o auxilio de outros profissionais. (GIACAGLIA & PENTEADO, 2006, p. 13)
A autora ressalta ainda a necessidade de ser prudente no tocante às relações dentro e fora da escola, pois o Or.E. torna se  muitas vezes "modelo de comportamento"  ou autoridade, nesse caso é comum que seja consultado sobre vários problemas ou situações. Às vezes uma opinião ou resposta distraída, fora do contexto, pode ser tomada indevidamente pelo aluno como apoio a algo errado que planeja realizar e para tanto precisa do aval de alguém.

Considerado basicamente a conduta ética profissional do Orientador Educacional não deve se esquece de ressaltar algumas condutas pessoais que é necessário a esse profissional, devido às múltiplas relações com as pessoas que o cercam e, que fazem parte de diferentes faixas etária, níveis socioeconômico e cultural. Por conseguinte, o Or.E, necessita de:

Discrição em sua vida pessoal, em publico, mesmo quando fora do local ou do horário de trabalho, a fim de que sua imagem seja sempre preservada de comentários desabonadores ou comprometedores.  (GIACAGLIA & PENTEADO, 2006, p.15)


Assim, na atuação profissional do Orientado Educacional é imprescindível que ele atue dentro de uma postura ética e sigilosa. Levando em estima à posição que sua função lhes dá, a de um profissional que adentra a particularidade do aluno e de todo seu grupo família. Logo é de obrigatoriedade uma ação pautada nos diversos princípios contidos no código de ética.  Nesse próximo capitulo discutiremos sobre as estratégias utilizadas para realização da orientação educacional.

fonte:ttp://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/o-orientador-educacional-e-seu-trabalho-na-comunidade-escolar-3972566.html

2 comentários:

  1. Parabéns e obrigada ganhei o dia, foi muito útil para meus estudos.

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  2. Parabéns e obrigada ganhei o dia, foi muito útil para meus estudos.

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