Muita responsabilidade, complexidade, formação e traços de  personalidade envolvem o trabalho do Or.E., pois esse profissional está  lidando com pessoas e essa atuação deve estar calcada em princípios  éticos, por essa razão a Federação Nacional dos Orientadores  Educacionais entendeu por bem redigir o Código de Ética dos Orientadores  Educacionais publicado em 05/03/1979.  Giacaglia & Penteado (2006,  p.16  ), elucidando sobre a questão, discorre que, "[...] como a  interação do Or. E com os orientandos se caracteriza pelo seu caráter de  relação de ajuda, tanto o aluno pode expor, espontaneamente, fatos ou  situações de cunho pessoal e familiar [...], necessitando então, de uma  atuação sigilosa, baseada em princípios éticos.
Serão tratados aqui alguns aspectos desse código, para entendermos  quão importante e serio se faz a conduta de pessoas envolvidas com a  educação. Levantar-se-á alguns aspectos éticos na atuação do Or.E., no  que se refere ao sigilo nas informações sobre o aluno, familiares,  professores e demais elementos da escola e da comunidade.
Para norteamento do assunto, utilizar-se-á dos apontamentos de  Giacaglia & Penteado (2006) e do próprio código de ética do  profissional.
A partir de reflexões sobre subsídios apresentados anteriormente,  pode ser considerado que o sigilo é um dos principais critérios, assim  que, todo relatório ou questionário sobre alunos, professores e  familiares devem ser bem acondicionados em arquivos com chave para que  outras pessoas não tenham acesso. Caso algum professor precise de alguma  informação sobre determinado aluno, o Or.E. deva fazer um relatório com  o que será relevante para o professor, nunca passar os prontuários com  informações sigilosas. Por ponderar que a ética nesse procedimento há de  se considerar o "efeito Rosenthal" que consiste em sugestionar  determinados comportamentos de alunos, cria se falsas expectativa nos  professores de que esses alunos poderão ter algum tipo de fracasso  confirmado à profecia de insucesso desse aluno ou grupo de alunos.  (GIACAGLIA & PENTEADO, 2006)
Segundo Giacaglia & Penteado (2006) professores que têm uma visão  positiva dos alunos tendem a estimular o lado bom desses alunos e estes  devem obter melhores resultados; inversamente, professores que não têm  apreço por seus alunos adotam posturas que acabam por comprometer  negativamente o desempenho dos educandos.
Neste contexto outros autores, falam do despreparo dos profissionais  da educação para lidar com expectativa pré-estabelecida de fracasso ou  sucesso dos alunos mesmo que inconscientemente.
Meirieu (1998) ilustra brilhantemente a importância de o professor  ver o sujeito como um ser único, com características próprias e o  reconhecimento dos diferentes estilos de aprendizagem do aluno e  ressalta ainda a importância de que o professor identifique estes  processos individualizados do aluno para a eficiência de seu ensino em  termos qualitativos.
Com relação à família, o Orientador Educacional deve ser também  bastante cauteloso no tocante aos aconselhamentos, pois existem questões  morais e religiosos que são próprios de cada família, e essas famílias  passam esses valores aos seus, então não se deve criar um a situação de  antagonismo entre o aluno e a família.
O Orientador Educacional pode levar a família a refletir sobre os  problemas, discutindo e sugerindo lhes algumas alternativas para que  possam decidir por uma ou outra, caso a situação seja um pouco mais  complicada seria interessante convidar um profissional pertinente a  situação problema vivida pela família e a escola para esclarecer e  aconselhar a ambos. Sendo assim:
[..] o Or.E. Precisa ter consciência, em cada caso, das suas  condições e preparo para prestar uma ajuda efetiva. Ele não deve ir além  do que é capaz. Nos casos mais difíceis, e em relação aos quais não se  sinta perfeitamente seguro, não deve assumir sozinho o aconselhamento,  mas sim procurar o auxilio de outros profissionais. (GIACAGLIA &  PENTEADO, 2006, p. 13)
A autora ressalta ainda a necessidade de ser prudente no tocante às  relações dentro e fora da escola, pois o Or.E. torna se  muitas vezes  "modelo de comportamento"  ou autoridade, nesse caso é comum que seja  consultado sobre vários problemas ou situações. Às vezes uma opinião ou  resposta distraída, fora do contexto, pode ser tomada indevidamente pelo  aluno como apoio a algo errado que planeja realizar e para tanto  precisa do aval de alguém.
Considerado basicamente a conduta ética profissional do Orientador  Educacional não deve se esquece de ressaltar algumas condutas pessoais  que é necessário a esse profissional, devido às múltiplas relações com  as pessoas que o cercam e, que fazem parte de diferentes faixas etária,  níveis socioeconômico e cultural. Por conseguinte, o Or.E, necessita de:
Discrição em sua vida pessoal, em publico, mesmo quando fora do local  ou do horário de trabalho, a fim de que sua imagem seja sempre  preservada de comentários desabonadores ou comprometedores.  (GIACAGLIA  & PENTEADO, 2006, p.15)
Assim, na atuação profissional do Orientado Educacional é  imprescindível que ele atue dentro de uma postura ética e sigilosa.  Levando em estima à posição que sua função lhes dá, a de um profissional  que adentra a particularidade do aluno e de todo seu grupo família.  Logo é de obrigatoriedade uma ação pautada nos diversos princípios  contidos no código de ética.  Nesse próximo capitulo discutiremos sobre  as estratégias utilizadas para realização da orientação educacional.
fonte:ttp://www.artigonal.com/ensino-superior-artigos/o-orientador-educacional-e-seu-trabalho-na-comunidade-escolar-3972566.html
 
Parabéns e obrigada ganhei o dia, foi muito útil para meus estudos.
ResponderExcluirParabéns e obrigada ganhei o dia, foi muito útil para meus estudos.
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